Diário de Cinema
700 filmes em 700 dias.
terça-feira, 5 de janeiro de 2021
sexta-feira, 1 de janeiro de 2021
terça-feira, 13 de outubro de 2020
FILME 324 - A VIAGEM DE CHIHIRO
Assistido em 29/03/2020, via Internet.
Comentário: o mais popular, aclamado e premiado filme dos Studios Ghibli, A Viagem de Chihiro faz jus ao clichê "filme pra todas as idades". Se para as crianças é uma incrível realização visual animada, para os adultos é uma profunda jornada espiritual, confrontando temas como significado de vida e morte, identidade pessoal, relação com a sociedade que nos cerca e conflito/conciliação de gerações. Oscar de Melhor Animação e Urso de Ouro no Festival de Berlim. É disparado a melhor animação do século XXI.
FILME 323 - O BATEDOR DE CARTEIRAS
quarta-feira, 30 de setembro de 2020
FILME 322 - O BANDIDO DA LUZ VERMELHA
1968, Brasil, Rogério Sganzerla.
Assistido em 27/03/2020, via Internet.
Comentário: o mais bem acabado exemplar do chamado Cinema Marginal, que fervilhava no Brasil em fins dos anos 60. O filme é baseado na história real do famoso criminoso João Acácio, conhecido como Bandido da Luz Vermelha. Possui como marca uma narrativa jornalística. Destaque para a abertura do filme, com os créditos iniciais passando em letreiros luminosos e uma narração off, presente em todo o filme, feita por um casal de locutores em formato de notícias policialescas sensacionalistas de rádio. Obra fundamental do nosso cinema.
terça-feira, 8 de setembro de 2020
FILME 321 - OS GUARDA-CHUVAS DO AMOR
1964, França, Jacques Demy.
Assistido em 25/03/2020, via TV.
Comentário: mais um pra lista de filmes clássicos que não entendo porque os críticos gostam tanto. Não achei melhor nem do que Duas Garotas Românticas, que tem o mesmo estilo, diretor e protagonista. Aliás, não fosse por Catherine Deneuve, talvez não chegasse ao final do filme. A fotografia é muito bonita e os cenários muito coloridos ajudam a prender a atenção. Mas...a história é bem datada, além de arrastada.
FILME 320 - MAR ADENTRO
2004, Espanha, Alejandro Amenábar.
Assistido em 25/03/2020, via TV.
Comentário: um filme necessário tanto quanto duro. Mar Adentro trata do difícil tema da Eutanásia. E o mérito do filme é mostrar que não é uma simples questão de contra ou a favor. As inquietações de boa parte das personagens não são simplistas e isso faz com que a atenção ao drama seja mantida e sentida, independente de opinião prévia sobre o assunto. Na tela, vemos a assertividade da Igreja, a dubiedade da Justiça, o oportunismo da imprensa e a pressão da família. Javier Bardem está ótimo no papel de Ramón Sampedro, figura real cujo caso inspirou o filme, que venceu o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
sexta-feira, 4 de setembro de 2020
FILME 319 - VIDAS AMARGAS
1955, EUA, Elia Kazan.
Assistido em 25/03/2020, via Internet.
Comentário: adaptação de livro do laureado escritor John Steinbeck, é um típico drama americano, com conflitos de família por causa de valores pessoais diferentes entre os seus membros. O então astro James Dean brilha como o jovem e amargurado Cal, tendo que se equilibrar entre fazer o certo e o errado para provar seu valor. Mas o maior problema dele é que no amor ninguém manda. Nem no destino, que privou a todos de admirar a força interpretativa de Dean por mais tempo.
FILME 318 - CINZAS NO PARAÍSO
1978, EUA, Terrence Malick.
Assistido em 24/03/2020, via TV.
Comentário: uma belíssima fotografia e trilha de Ennio Morriconi pra contar uma história cheia de reviravoltas. Tudo surge de repente nesse filme. De planos malignos, fugas, amores e traições. Quando parece que as coisas vão se acomodar e partir pro trivial, uma mudança de postura de algum personagem acontece. Apesar disso, o ritmo do filme não é ágil e muita gente desprezou o filme na época de seu lançamento. A mim, não incomodou o ritmo, achei que que as belas paisagens compensaram. Não a toa, o filme venceu o Oscar de Fotografia. Gosto mais de Terra de Ninguém, primeiro e anterior filme de Malick, mas Cinzas do Paraíso vale muito uma conferida.
quarta-feira, 2 de setembro de 2020
FILME 317 - O INSULTO
2017, Líbano, Ziad Doueiri.
Assistido em 23/03/2020, via TV.
Comentário: O Insulto é um filme que resume a nossa época. Discordância banal que toma grandes proporções devido a alta polarização ideológica entre 2 grupos, além da rapidez com que se ganha tal relevo, pois tudo é muito conectado. Passado no Líbano, uma briga de um morador local, vizinho de uma obra barulhenta, com um trabalhador refugiado palestino, nos mostra o quanto feridas políticas históricas demoram a cicatrizar e podem explodir a qualquer momento. E que nem sempre a Justiça sabe lidar com elas. Filme ágil, que passa num piscar de olhos tanto quanto nos deixa reflexivos. Eis o mundo moderno.
FILME 316 - A 13° EMENDA
2016, EUA, Ava Duvernay.
Assistido em 21/03/2020, via Internet.
Comentário: o único comentário possível sobre A 13° Emenda é: assista, hoje, pra ontem,não deixe pra amanhã. O documentário esmiuça mais de 200 anos de história dos EUA e entrelaça o preconceito racial com a política carcerária do país do Tio Sam. Apesar do foco ser exclusivamente a maior democracia do mundo, muitas lições podem ser tiradas para a nossa realidade brasileira, similar a norte-americana no quesito desigualdade racial. Enfim, assista, é um filme brilhante.
FILME 315 - A ÚLTIMA NOITE
2002, EUA, Spike Lee.
Assistido em 21/03/2020, via Internet.
Comentário: Spike Lee entrega uma história envolvente com um final que surpreende justo por ser meio óbvio, pois o filme apontava pra outra direção. A história nos faz refletir sobre a questão das penas privativas de liberdade, sem entrar em um debate maniqueísta. Simplesmente, a trama se desenrola e vamos observando a bela atuação de Edward Norton nos mostrando dramas comuns de um sentenciado, prestes a começar o encarceramento, sem juízo de valor sobre se é justo ou não. Achei esse o grande mérito do filme.
segunda-feira, 31 de agosto de 2020
FILME 314 - A TORTURA DO MEDO
1960, Reino Unido, Michael Powell.
Assistido em 20/03/2020, via internet.
Comentário: bom thriller de horror psicológico, que deu o azar de ser lançado no mesmo ano que Psicose, de Hitchcock, clássico absoluto do gênero, o que fez com que A Tortura do Medo passasse despercebido na época. O crime que o psicopata gosta de cometer, filmar mulheres antes de serem mortas, é bem original e a história da infância dele, motivadora das suas atitudes, é mostrada em flashbacks sem atrapalhar o andamento da história. A forma como as relações sociais do assassino são mostradas, com naturalidade, nos deixa apreensivos. Enfim, um bom thriller de horror.