Ano: 1972
País: Suécia
Diretor: Jan Troell
Data da sessão: 18/02/2020
Onde: PC
Comentário: continuação de Os Emigrantes, o filme segue o estilo novelão. Com o mesmo elenco e diretor, os méritos são os mesmos do filme anterior, sendo que achei O Preço do Triunfo mais dinâmico. O tempo de duração é quase o mesmo, ambos passando das 3 horas. Ou seja, são quase 7 horas pra contar a viagem de imigrantes suecos, no primeiro filme, e o destino final deles na América, no segundo filme. E vale a pena. Grande obra do cinema nórdico.
Por que assistir: continuação do filme Os Emigrantes, vencedor do Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro.
O que aprendi com o filme: não existe vida perfeita, sem sobressaltos. Em nenhum lugar.
Ano: 1976
País: Itália
Diretor: Ettore Scola
Data da sessão: 17/02/2020
Onde: PC
Comentário: definitivamente a fé não salva da pobreza. A cúpula do vaticano ao fundo da favela onde moram os Feios, Sujos e Malvados deixa isso claro. Ali, nada ocorre de maneira convencional. Família, trabalho, amores e amizades. Tudo tem um código próprio, diferente do padrão moral burguês expresso por quaisquer propagandas e ways of life. Ettore Scola nos convida a entrar no barraco dos Mazzatelas, aonde sempre cabe mais um. Só que, uma vez lá, mesmo em meio a todo tipo de conflito, não queremos mais sair. E eu nem sei dizer o porquê.
Por que assistir: clássico italiano de Ettore Scola sobre uma família pobre italiana e seus inúmeros problemas e conflitos.
O que aprendi com o filme: Vaso ruim não quebra e todos podem beber nele.
Ano: 2003
País: Coréia do Sul
Diretor: Park Chan-wook
Data da sessão: 08/02/2020
Onde: Internet
Comentário: o mais surpreendente e polêmico filme de vingança que já se viu. Até hoje, muita gente tem asco de Oldboy. Logo após a grande revelação da história, confesso que tive meu sensor moral ativado, algo que quase nunca faço. Depois de ver até o fim, voltei a pensar que, afinal, é só um filme. E é um baita filme. Ousado, vibrante, cheio de reviravoltas que dão nó na cabeça. Uma experiência sensorial sem pudores. Não recomendado para quem quer uma mera sessão pipoca.
Por que assistir: um dos mais polêmicos filme de vingança já feitos.
O que aprendi com o filme: lembre-se sempre de todo mundo que pode não gostar de você.
Ano: 1944
País: EUA
Diretor: Otto Preminger
Data da sessão: 07/02/2020
Onde: Internet
Comentário: de todos os Noir que vi até agora, esse foi o que mais gostei. Direção precisa de Otto Preminger e Gene Tierney brilhando como Laura. O filme joga na tela 2 suspenses, 1 em cada metade, resolvidos sempre nos segundos finais. Os sentimentos conflitantes do detetive também são bem conduzidos sem apelar pra pieguice. Uma grande obra do cinema noir.
Por que assistir o filme: clássico noir de Otto Preminger.
O que aprendi com o filme: se alguém quer te matar, desconfie de todos.
Ano: 1951
País: EUA
Diretor: Billy Wilder
Data da sessão: 06/02/2020
Onde: Internet
Comentário: que filme espetacular! Kirk Douglas soberano como o um inescrupuloso jornalista fracassado que viu num acidente, a chance de se reinventar. O filme levanta as velhas discussões sobre ética e responsabilidade no jornalismo. Na real, não só jornalistas, fica claro que muita gente fatura com a tragédia. É um filme vibrante onde muita coisa acontece e o tédio passa bem longe da tela. Billy Wilder certeiro mais uma vez.
Por que assistir: clássico de Billy Wilder sobre ética jornalística.
O que aprendi com o filme: Toda consciência tem um preço, algumas são muito baratas.
Ano: 1964
País: Brasil/Argentina
Diretor: Ruy Guerra
Data da sessão: 05/02/2020
Onde: Internet
Comentário: o filme foi premiado no Festival de Berlim com o Urso de Prata e é um dos principais expoentes do Cinema Novo. Explora uma temática cara aos nossos cineastas da época, a desigualdade e abandono no interior do nordeste brasileiro. Porém, acho que faltou algo mais. Demora muito pra começar a acontecer alguma coisa. Mas vale pela ideia geral de que contra a fome do povo, os governantes preferem enviar soldados ao invés de comida.
Por que assistir: marco do Cinema Novo, venceu o Urso de Prata em Berlim.
O que aprendi com o filme: o Brasil deu certo. Só não para a maioria.
Ano: 1953
País: EUA
Diretor: Samuel Fuller
Data da sessão: 05/02/2020
Onde: Internet
Comentário: filme noir que também explora o cenário da Guerra Fria, o que resulta numa boa história. O filme é dinâmico, possui várias reviravoltas, naquele estilo "não confie em ninguém". Destaques nas atuações para Thelma Rhitter como uma dedo-duro profissional e Richard Widmark no papel principal, como um paciente e batedor de carteiras que se envolve numa disputa entre EUA e URSS.
Por que assistir: filme noir com pitadas da guerra fria.
O que aprendi com o filme: é preciso paciência. Para vencer no amor, no crime perfeito e na guerra fria.
Ano: 1985
País: Brasil
Diretor: Suzana Amaral
Data da sessão: 04/02/2020
Onde: Internet
Comentário: adaptação do famoso livro de Clarice Lispector, A Hora da Estrela segue a tônica melancólica do livro, com a sua protagonista sem amor próprio e deslocada no mundo. Filme bem redondinho sem nada fora do lugar e com um elenco afiado. Marcélia Cartaxo que interpretou Macabéa, foi tão bem que venceu o Urso de Prata de Melhor Atriz no Festival de Berlim.
Por que assistir: adaptação do famoso livro de Clarice Lizpector.
O que aprendi com o filme: tristeza maior é não saber que se é.
Ano: 1942
País: EUA
Diretor: Orson Welles
Data da sessão: 04/02/2020
Onde: Internet
Comentário: fica até difícil falar sobre um filme que praticamente virou outro depois de filmado, pelo tanto que foi retalhado pelo estúdio. E isso se nota principalmente na reta final em que algumas cenas se deslocam da narrativa, na real quase todo o final é meio deslocado. Welles deixou sua marca mesmo assim, ao contar a história dos Ambersons, uma rica família vítima de suas próprias vaidades e contradições. Vale a pena assistir pelas ótimas atuações de estrelas como Joseph Cotten, Anne Baxter e Agnes Moorehead. O então jovem e brilhante diretor fez o que pôde, pena o estúdio não ter entendido.
Por que assistir: clássico de Orson Welles que infelizmente sofreu profundos cortes por parte do estúdio.
O que aprendi com o filme: não precisa brigar com quem tem muita vaidade, a vida se encarrega disso.
Ano: 1950
País: França
Diretor: André Cayatte
Data da sessão: 03/02/2020
Onde: Internet
Comentário: um interessante filme que aborda a questão da eutanásia. Levada a julgamento acusada de assassinato de seu marido, Elsa tem 2 problemas: o julgamento moral de sua vida pessoal pela opinião pública e jurados. E a forma como os jurados são influenciados mais por suas experiências de vida do que pelas evidências do crime julgado. Realizado em 1950, segue mais atual que nunca.
Por que assistir: filme que discute a questao da eutanásia realizado em 1950.
O que aprendi com o filme: a depender dos jurados, um réu já está condenado, independente das evidências.
Ano: 1932
País: EUA
Diretor: Howard Hawks
Data da sessão: 03/02/2020
Onde: Internet
Comentário: o primeiro grande filme sobre crime, máfia, gangsters e coisa e tal. Para além da grande produção para a época, Scarface mostra uma interessante relação do crime com a sociedade, por vezes, convenientemente permissiva. 50 anos depois veríamos a versão de Brian de Palma com Al Pacino, mas esta versão de Howard Hawks com Paul Muni não deixa nada a desejar, descontando-se, claro, as diferenças tecnológicas.
Por que assistir: clássico dos filmes de máfia dirigido por Howard Hawks.
O que aprendi com o filme: nunca atire antes de saber a verdade.
Ano: 1980
País: EUA
Diretor: David Lynch
Data da sessão: 03/02/2020
Onde: PC
Comentário: belo filme sobre a vida de John Merrick, o Homem-Elefante que viveu no século XIX na Londres Vitoriana. De todos os filmes de Lynch que já vi, achei esse o mais "normal", ou seja, o mais diferente do diretor. Não se fica tenso com nenhum maneirismo estético ou narrativo, mas sim, presos a uma sensível obra sobre um homem que sofreu muito com tantos preconceitos. A cena da famosa frase "I am not a animal, i am a human being" define o o filme. Indicado a 8 Oscars, incluindo Melhor Filme, não venceu nenhum, o que mostra que a Academia não é muito sensível.
Por que assistir: belo filme de David Lynch sobre a real história de John Merrick.
O que aprendi com o filme: não é a aparência, são as atitudes que fazem alguém ser mais ou menos humano.
Ano: 2000
País: Hong Kong/China/França
Diretor: Wong Kar-Wai
Data da sessão: 31/01/2020
Onde: Internet
Comentário:uma belíssima fotografia e um jeito diferente de contar uma história de amor. Tão diferente que nem as personagens principais sabiam se era amor mesmo, por boa parte do tempo. Curioso que os cônjuges infiéis dos protagonistas nunca aparecem em tela, apenas escutamos suas vozes, numa interessante solução dramática. Com tudo isso, por óbvio, o final dessa estória também não é dos mais convencionais. E é justo tudo isso que faz Amor à Flor da Pele um filme tão aplaudido. Só acho que em alguns momentos poderia ter mais um pouco de emoção, de envolvimento do casal. Ou anti-casal, sei lá. Mas como já dito, talvez seja isso que faz o filme ser o que é.
Por que assistir: filme mais cultuado de Wong Kar-wai.
O que aprendi com o filme: o verdadeiro amor não aparece na coluna social ou no Instagram.
Ano: 1971
País: Suécia
Diretor: Jan Troell
Data da sessão: 28/01/2020
Onde: PC
Comentário: um novelão sueco dividido em 2 filmes. Este primeiro filme, Os Emigrantes, chegou a ser indicado ao Oscar de Melhor Filme além de Filme Estrangeiro. Curiosamente perdeu as duas. Max Von Sydow e Liv Ullmann, especialmente, são os destaques com belas atuações. A encenação dos idos da década de 1840 é muito bem feita com belos figurinos e cenários. Nessa parte da história, o drama dos imigrantes suecos na América do Norte, é focado na partida e as dúvidas sobre se estar ou não fazendo a coisa certa. 3 horas que passam sem se perceber.
Por que assistir: clássico do cinema sueco indicado a 5 Oscars.
O que aprendi com o filme: na dúvida, fique junto de quem gosta e confia.
