FILME 314 - A TORTURA DO MEDO

                                            

1960, Reino Unido, Michael Powell.

Assistido em 20/03/2020, via internet. 

Comentário: bom thriller de horror psicológico, que deu o azar de ser lançado no mesmo ano que Psicose, de Hitchcock, clássico absoluto do gênero, o que fez com que A Tortura do Medo passasse despercebido na época. O crime que o psicopata gosta de cometer, filmar mulheres antes de serem mortas, é bem original e a história da infância dele, motivadora das suas atitudes, é mostrada em flashbacks sem atrapalhar o andamento da história. A forma como as relações sociais do assassino são mostradas, com naturalidade, nos deixa apreensivos. Enfim, um bom thriller de horror.

FILME 313 - AS LÁGRIMAS AMARGAS DE PETRA VON KANT

                                             

 1972, Alemanha, Rainer Werner Fassbinder.

Assistido em 20/03/2020, via Internet.

Comentário: um filme claustrofóbico. A ação não sai da casa de Petra Von Kant, estilista bem-sucedida, mas bastante infeliz em suas relações amorosas, incluindo seus 2 ex-maridos. Petra desenvolve uma paixão por uma jovem amiga de sua prima, o que a deixa ao mesmo tempo insegura e obsessiva, e esses sentimentos transbordam vividamente da tela. O filme lembra uma peça de teatro e foi, de fato, baseado numa peça de Fassbinder, uma dos mais talentosos da geração do cinema alemão dos anos 70. Na minha opinião, o mais talentoso. 

FILME 312 - O BARCO, INFERNO NO MAR

                                                  

 1981, Alemanha, Wolfgang Petersen.

Assistido em 20/03/2020, via TV.

Comentário: o filme europeu mais americanizado que eu já vi. Uma superprodução estilo Holywood, não à toa, foi indicada a 6 Oscar, mas venceu mesmo foi um Emmy 3 anos depois,vai entender. O filme de Wolfgang Petersen, para além das qualidades técnicas visíveis, é muito feliz em mostrar as contradições políticas da tripulação do barco, que acabam refletindo diretamente no desempenho da missão em plena Segunda Guerra Mundial. A cena final, após 3 horas e meia de duração, resume bem o que se ganhou com toda aquela loucura humana totalitária. 

FILME 311 - ENSINA-ME A VIVER

                                                 

 1971, EUA, Hal Ashby.

Assistido em 20/03/2020 via TV.

Comentário: Daqueles filmes positivos que trazem ensinamentos piegas sobre a vida, feitos para passar na Sessão da Tarde. Na real, o filme não é ruim e entrega aquilo que promete. Inclusive, há uns toques de humor negro que fazem contraponto a doçura predominante. As consultas psiquiátricas de Harold são impagáveis. Vale a pena, mesmo porque, o filme é curto e não dá tempo de se entediar. 

FILME 310 - O SÉTIMO SELO

                                                 

1957, Suécia, Ingmar Bergman.

Assistido em 20/03/2020, via internet.

Comentário: Há alguns filmes que são tão exitosos e influentes que fica difícil falar algo, pois tudo já foi dito. O Sétimo Selo é um desses. O grande clássico de Bergman com a sua surreal história de um cavaleiro que joga xadrez com a morte em meio a Peste Negra na Europa vai continuar a ser visto e comentado ainda por muitas décadas. Vale muito a pena perder, ou melhor, ganhar 1 hora e meia para assistí-lo. Usura, solidariedade, traição e vingança são desnudadas de forma magistral. Em tempos de pandemia, então, o filme é uma dica certeira para fazer qualquer um refletir sobre a condição humana. 

FILME 309 - EM NOME DE DEUS

 

                     

2002, Reino Unido/Irlanda, Peter Mullan.

Assistido em 13/03/2020, via Internet.

Comentário: Belo filme com uma história angustiante. E angustiante por se tratar de uma história real. Inclusive, segundo o diretor, a ideia do filme surgiu porque os Asilos Madalenas nunca se desculparam com suas vítimas ao longo das décadas em que funcionaram. Não conhecia as atrizes, mas achei as atuações excelentes, a ponto de pesquisar sobre elas. Enfim, vencedor do Leão de Ouro em Veneza, foi uma grande descoberta tanto o filme quanto a terrível história de fanatismo religioso que o envolve. 

FILME 308 - UM CONVIDADO BEM TRAPALHÃO

1968, Blake Edwards, EUA.

Assistido em 12/03/2020, via PC.

Comentário: comédia bem doida, bem non sense, com o objetivo de fazer rir. E o objetivo é alcançado com sucesso. Peter Sellers melhor que nunca, bagunça uma festa de bacanas, na qual o dono da festa já não gostava dele, só de ouvir falar. O filme, do final dos anos 60, não envelheceu, garante uma boa diversão.