Ano:1989
País: EUA
Diretor: Steven Soderbergh
Data da sessão: 15/08/2019
Onde: Internet
Comentário: vencedor da Palma de Ouro, o filme é um primor de roteiro, direção e atuações. James Spader e Andie MacDowell estão bem convincentes nos papéis de esquisitão e frígida girl. Os diálogos entre eles são bem interessantes. Fiquei pensando se caso o filme fosse realizado nos dias de hoje, com tanta tecnologia e auto exposição, se teria o mesmo impacto que teve na época, com aquelas fitas de video gravadas com mulheres narrando suas vidas sexuais. Bom, com roteiro, direção e atuações tão impecáveis, talvez tivesse.
Por que assistir: filme vencedor da Palma de Ouro em Cannes.
O que aprendi com o filme: que sexo é o tabu menos entabulável que existe.
Ano:1968
País: Reino Unido
Diretor: George Dunning
Data da sessão: 15/08/2019
Onde: PC
Comentário: A história é uma viagem de LSD, bem doidona, mas quem liga?! Afinal, estão lá o Submarino Amarelo e a Banda do Sargento Pimenta passeando por Pepperland. E Paul, George, John e Ringo em versões animadas. E também a Eleanor Rigby, o Nowhere Man e a Lucy in the Sky With Diamonds. With a Little Help From My Friends fica ainda melhor. Não tem erro, é dar o play e aproveitar essa louca viagem beatlemaníaca.
Por que assistir: filme animado dos beatles.
O que aprendi com o filme: que até embaixo do mar os Beatles são a maior banda de rock da história.
Ano:2012
País: Dinamarca
Diretor: Thomas Vinterberg
Data da sessão: 13/08/2019
Onde: TV
Comentário: excelente filme dinamarquês, indicado os Oscar de Filme Estrangeiro, em que a história só não é melhor do que a interpretação alternativa do filme que corre na internet. Vinterberg diz que esta versão não condiz com o que ele quis mostrar, então tá. Independente como cada um interprete, o fato é que A Caça é excelente. Reúne dois temas bem atuais, denúncias de abuso sexual infantil e histeria, e as consequencias nas vidas de pessoas atingidas por ambas. Merecia uma sequência, depois daquele final misterioso.
Por que assistir: indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
O que aprendi com o filme: se tiver ecrteza da sua inocência, não cale, grite pro mundo ouvir.
Ano:1986
País: Reino Unido
Diretor: Roland Joffé
Data da sessão: 11/08/2019
Onde: PC
Comentário: com trilha sonora de Enio Morricone, A Missão é um filme britânico que mostra os antecedentes do conflito conhecido como Guerra Guaranítica, ocorrida no sul de um ainda indócil Brasil de meados do século XVIII. De um lado, estavam jesuítas, índios e suas missões. Do outro, os poderes de Portugal e Espanha, a Igreja e caçadores de escravos. Óbvio demais o lado vencedor e óbvio que assim não se constrói uma nação...
O filme cumpre o seu papel de retratar a história, embora os 3/4 iniciais sejam um pouco arrastados. No último quarto do filme eclode a guerra, com direito a crianças indígenas abatidas. A cena final é linda e faz pensar bastante. Toca o violino, indiazinha.
Por que assistir: vencedor da Palma de Ouro em Cannes, faz um retrato histórico da Guerra Guaranítica no século XVIII.
O que aprendi com o filme: nennhum povo é inferior à outro e qualquer violino pode provar.
Ano:1972
País: EUA
Diretor: Gordon Parks Jr.
Data da sessão: 09/08/2019
Onde: PC
Comentário: um dos principais filmes da Blaxploitation. O movimento que produzia filmes dirigidos e protagonizados por afro-americanos, em obras que abordavam o cotidiano difícil da população negra nas grandes cidades americanas, numa época logo após a luta pelos Direitos Civis. E é nesse cenário que Super Fly faz, a meu ver, uma interessante reflexão sobre qual o papel reservado aos negros na "América", através das inquietações de um pequeno traficante de drogas. Assisti pensando em ver um mero filme policial meio tosco, mas vi um pouco mais do que isso. A sequência das fotoa é muito boa e a trilha sonora feita por Curtis Mayfield é maravilhosa, valendo a pena ouvir separadamente por inteira.
Por que assistir: um dos filmes mais populares da Blaxpoitation, movimento de cinema no começo dos anos 70, feito por e para afro-americanos.
O que aprendi com o filme: nas ruas de uma cidade violenta, olhe sempre para todos os lados.
Ano:2013
País: Brasil
Diretor: Hilton Lacerda
Data da sessão: 08/08/2019
Onde: TV
Comentário: Tatuagem é um filme corajoso, sem dúvidas. Ambientado na Recife do final dos anos 70, aborda vários temas. Ditadura, repressão, militarismo, relacionamentos, relacionamento gay, pobreza, preconceito, artes, teatro,censura, liberdade, nudez confronto de valores e etc. E pra mim, o problema do filme foi justo esse. Falou de tudo, mas ficou muito no quase. Achei que o romance central da história foi muito tímido para o que prometia a sua impactante cena inicial. No fim das contas, tudo que restou é um cú. E isso pode ser um elogio.
Por que assistir: filme da nova safra do cinema nacional, cuja história gira em torno de um romance entre um artista e um militar em plena ditadura brasileira.
O que aprendi com o filme: Repressão é um cú.
Ano:1943
País: EUA
Diretor: Busby Berkeley
Data da sessão: 08/08/2019
Onde: Internet
Comentário: a Era de Ouro de Holywood também era um pouquinho de Brasil iáiá...Afinal, a luso-brasileira Carmen Miranda estrelou vários filmes na época e Entre a Loura e a Morena foi um deles. Segue a tônica dos filmes em que Carmen protagonizava ou participava: confusões amorosas e muitos números musicais. Enfim, comédia romântica leve e divertida, e com o adendo de um número musical final que é visualmente espetacular, sobretudo se considerar o ano em que foi realizado. Ótimo para ver deitado, relaxado e sem prensar nos problemas da vida.
Por que assistir: filme co-estrelado por Carmen Miranda.
O que aprendi com o filme: o amor escreve certo por notas musicais tortas.
Ano:1922
País: Suécia/Dinamarca
Diretor: Benjamin Chritensen
Data da sessão: 08/08/2019
Onde: Internet
Comentário: um marco do cinema mudo. Uma incrível pesquisa sobre a época em que se queimavam mulheres como bruxas. Misturando dramatizações com uma parte documental, o filme mostra o histórico do ser humano de crer no sobrenatural, mesmo sem ter nenhum indício disso. Tinha ouvido falar que o filme era "aterrorizante", mas não vi nada disso, até porque possui um lado documentalista muito forte. O problema é que o que aconteceu de verdade na idade média era de fato, chocante, e Haxan mergulha fundo em todos os detalhes, mostrando livros e até instumentos de tortura da época, para nos deixar a par do que ocorria. A realidade é bem mais aterrorizante.
Por que assistir: mistura de documentário e drama, que conta a história de se crer no sobrenatural, focando no perído da caça às bruxas.
O que aprendi com o filme: o ser humano é o maior vilão de filme de terror que já criaram.
Ano:1969
País: EUA
Diretor: Dennis Hopper
Data da sessão: 08/08/2019
Onde: TV
Comentário: o cult movie dos cult movies. Sem Destino é um retrato de sua época. O melhor representante cinematográfico da chamada Contracultura, nos anos 60. Peter Fonda e Dennis Hopper com interpretações bem convincentes, além de Jack Nicholson roubando parte da cena. O filme discute a relação do homem moderno com a liberdade e como ficamos tão passivos e imersos nos papéis que o caldo de consumo nos coloca, que passamos a não tolerar quem não se prende a ele. Enfim, 90 minutos de belas motos, paisagens exuberantes e músicas inequecíveis.
Por que assistir: clássico cult dos anos 60, exemplo cinematográfico da Contracultura.
O que aprendi com o filme: muita gente não está preparada para ser livre.
Ano:1964
País: Brasil
Diretor: Gláuber Rocha
Data da sessão: 07/08/2019
Onde: Internet
Comentário: Não é um filme, é um mantra. Ou uma história de cordel. Ou uma peça. Ou um culto. Ou tudo junto. E tudo isso para o bem e para o mal. Pois, Gláuber extrapolou na criatividade, mas fez uma obra bem pouco acessível para o grande público, e isso é um problema, considerando que o tema tratado era de grande interesse para as multidões, sobretudo na época, embora confesse não saber a pretensão do mago do Cinema Novo com o filme. Talvez a pretensão seja só minha. Enfim, contudo que o envolve, é o grande clássico do cinema nacional, afinal, até mar o sertão virou.
Por que assistir: o grande clássico de Gláuber Rocha, do Cinema Novo e do cinema nacional.
O que aprendi com o filme: que, de fato, pobre só é levado à sério quando pega em armas.
Ano:1973
País: EUA
Diretor: George Lucas
Data da sessão: 06/08/2019
Onde: Internet
Comentário: acgava que o filme do jovem George Lucas seria uma espécie de avô de American Pie, mas depois de assistir, achei que é um irmão mais velhor de Clube dos Cinco, e melhorado. Ou seja, tem lá as confusões típicas de filmes de adolescentes americanos, mas também alguns conflitos interessantes entre os personagens, sobretudo os 2 protagonistas, interpretados por Richard Dreyfuss e Ron Howard, que durante o filme,tem as suas trajetórias invertidas. Ou seja, o que um queria, pensava e tentava influenciar no outro, foi modoficado ate o amanhecer, já a história se desenvolve ao longo de uma única noite, As cenas hilárias ficam por conta dos plots envolvendo os personagens coadjuvantes Terry e John, tendo que se virar em situações embaraçosas, o primeiro, meio bobo, com uma femme fatale experiente e o segundo, garanhão maduro, com uma pirralha. Pois, o filme explora essas inversões de papéis o tempo todo. Ah, é impressionante como grande parte do filme se passa em carros, são também personagens da história alí contada.
Por que assistir: comédia dramática de George Lucas, que venceu o Globo de Ouro de Melhor Filme de Comédia e foi indicado ao Oscar de Melhor filme.
O que aprrendi com o filme: pra que pensar demais no amanhã se em uma noite, tudo pode mudar.
Ano:1958
País: Japão
Diretor: Akira Kurosawa
Data da sessão: 06/08/2019
Onde: PC
Comentário: o filme que inspirou Star Wars, segundo o próprio George Lucas. De fato, possui algumas semelhanças: uma princesa tentando reorganizar seu povo, sendo protegida por um hábil guerreiro, em um KG escondido, aconselhados por velhos sábios e com 2 personagens esquisitos e gananciosos que os encontram e seguem com eles. Para além disso, é um típico filme de Akira Kurosawa, contando os conflitos do Japao feudal com Mesmo não apresentando o refinamento característico do diretor, vale assistir pela curiosidade histórica. Ah, na hora do confronto entre os antagonistas, vale imaginar um sabre de luz no lugar das lanças.
Por que assistir: filme de Akira Kurosawa que inspirou George Lucas a criar Star Wars.
O que aprendi com o filme: fazer o certo é a melhor recompensa, sempre.
Ano:2001
País: EUA
Diretor: David Lynch
Data da sessão: 01/08/2019
Onde: PC
Comentário: um sonho de filme. ou um filme dos sonhos. David Lynch chegou ao auge de sua criatividade cinematográfica nesta genial produção. Como todo sonho, é um filme difícil de ser interpretado, eu memso, só consegui entender nesta segunda oportunidade de assistir. A dica para esse filme é: caso não entenda nada, veja algumas informações sobre ele(evitando grandes spoilers) e volte a assistir. Afinal, não é todo dia que se faz um filme realista sobre sonhos.
Por que assistir: melhor filme de David Lynch, sempre presente em listas de melhores da história.
O que aprendi com o filme: se filmassem meus sonhos, talvez os entendessem.
Ano:1956
País: EUA
Diretor: Gene Kelly
Data da sessão: 01/08/2019
Onde: Internet
Comentário: musical dirigido e estrelado por Gene Kelly, o filme nãp apresenta diálogos. Dividido em 3 histórias, as 2 primeiras são pratixcamente um espetáculo filmado da platéia, nada que não dê pra fazer com um celular hoje em dia. Na terceira história é que a coisa pega pra valer, com uma pequena adaptação de Sinbad, O Marujo, mesclando os números de dança com animação, produzindo algumas das famosas cenas da carreira de Gene Kelly. Enfim, vale a pena a ver, mesmo achando que as 2 primeiras histórias são bem mornas, sob o ponto de vista cinematográfico ao menos, já que não há o que falar da qualidade dos bailarinos em cena.
Por que assistir: curioso musical sem diálogos, de Gene Kelly, vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlin.
O que aprendi com o filme: Na dúvida, dance. Ou siga o Sinbad.
Ano:1994
País: Nova Zelândia/Reino Unido/Alemanha
Diretor: Peter Jackson
Data da sessão: 31/07/2019
Onde: Internet
Comentário: em Almas Gêmeas, temos um Peter Jackson antes de conhecer o Um Anel, dirigindo Kate Winslet antes de embarcar no Titanic e Melanie Lynskey antes de ser vizinha de Charlie Harper em Malibu. Todos ainda semi desconhecidos produzindo um belo filme, baseado em uma história verdadeira. O que vemos na tela é uma espécie de Realismo Fantástico neozelandês, fazendo com que o filme seja muito mais do que a retratação do caso real. Kate e Melanie apresentam uma química impressionante, vivendo uma amizade que incomodava os que estão sempre sujeitos a se incomodar. Ah, o título original, Heavenly Creatures, é muito melhor e diz mais sobre os intertextos e subtextos que ocorrem na trama.
Por que assistir: filme neozelandês de 1994, dirigido por Peter Jackson e estrelado por Kate Winslet e Melanie Lynskey, todos antes antes da fama em Hollywood.
O que aprendi com o filme: nada mais belo e trágico do que uma amizade eterna.
Ano:1926
País: Alemanha
Diretor: Lottie Reiniger
Data da sessão: 30/07/2019
Onde: Internet
Comentário: uma jóia preciosa que resiste ao tempo. Considerado o primeiro longa animado, este filme mudo alemão feito com base em tinturas, figuras de papelão e stop-motion, não perde o brilho, mesmo na era dos desenhos digitais. Duvida? mostre-o a uma criança e verá. O curioso é que a história não é tão simplória, requerendo certa atenção pra não se perder com tantos personagens em apenas 1 hora de duração. Até porque o filme foi baseado em vários contos das Mil e uma Noites, até Aladin aparece, quase 100 anos antes de Will Smith ser pintado de azul.
Por que assistir: primeiro longa de animação do mundo.
O que aprendi com o filme: cavalo dado, se olha todos os dentes e ainda o rabo.
Ano:1959
País: EUA
Diretor: Otto Preminger
Data da sessão: 29/07/2019
Onde: TV
Comentário: estrelado por James Stewart, que interpreta um advogado que faz de tudo para descobrir a nebulosa verdade sobre um crime cometido pelo seu cliente. O filme tem o mérito de segurar o "grande segredo" da história até o finalzinho. Depois de revelado, é até algo meio bobo, do tipo "como não pensei nisso antes?!". Mas o fato é todos os personagens, incluindo o cliente e sua dúbia esposa, não colaboram para o desfecho apresentado. Tá aí um advogado que mereceu mesmo os honorários recebidos. Um dos destaques são as longas e realistas cenas do julgamento, parecendo um aula prática ou júri simulado. Mais que recomendado par estudantes e profissionais do Direito.
Por que assistir: clássico dos filmes de julgamento, estrelado por James Stewart, com direção de Otto Preminger.
O que aprendi com o filme: para ser um bom advogado, nunca tenha nenhuma certeza.
Ano:1962
País: EUA
Diretor: Robert Aldrich
Data da sessão: 28/07/2019
Onde: Internet
Comentário: As maravilhosas Bette Davis e Joan Crawford dão vida, e muita, a este drama familiar em que a inveja e a loucura são os principais ingredientes. São 2h15m que passam voando, porque sempre queremos saber qual o próximo passo de Baby Jane, a personalidade prisão da qual Jane não quer sair. Claro que não dá pra assistir o filme sem ignorar que a rivalidade entre as irmãs Hudson mostrada na tela, aconteceu na vida real entre as 2 atrizes protagonistas ao longo da carreira de ambas, dizem até que a escalação das duas foi um grande golpe de marketing. Bom, se foi, funcionou. Como deve ter funcionado também, as brigas reais entre as duas, nos bastidores do filme na qualidade das interpretações. Uma bela e talentosa rivalidade, na tela e na vida.
Por que assistir: filme em Bette Davis e Joan Crawford, rivais na vida real, protagonizam uma rivalidade na tela.
O que aprendi com o filme: não alimente os monstrinhos famintos dentro de si, em algum momento eles saem do controle.
Ano:1995
País: Japão
Diretor: Mamoru Oshii
Data da sessão: 27/07/2019
Onde: Internet
Comentário: animação japonesa de ficção científica dos anos 90, já considerado um clássico do estilo e que hoje nomeia uma franquia de filmes em Holywood, coisas da globalização. O Fantasma do Futuro ou Ghost In The Shell para os íntimos, trata de temas como manipulação de mentes, inteligência artificial, hackeamento cibernético e toda filosofia oriunda desses temas. Não é uma história tão fácil de entender, caso alguém assista sem uma prévia informação, mas na dúvida é só lembrar de Matrix, pois o filme japonês foi a inspiração para a trilogia de Neo.
Por que assistir: clássica animação japonesa que inspirou o filme Matrix.
O que aprendi com o filme: somos todos máquina.
Ano:1995
País: Holanda
Diretor: Marleen Gorris
Data da sessão: 27/07/2019
Onde: Internet
Comentário: filme que bateu o brasileiro O Quatrilho na disputa pelo Oscar de Filme Estrangeiro em 1996. A história acompanha uma família por 4 gerações, sempre pelo da visão da matriarca, desde que esta retorna à pequena vila em que morava. O filme desfila pela tela uma série de personagens desfuncionais, gravitando em torno da família, que faz a linha "evoluída" em relação aos demais moradores do lugarejo. É o tipo de filme que quando damos conta, já tá acabando, tamanha a fluidez da narrativa. Comédia, drama, crime, vingança, bobeiras, há um pouco nesta gostosa película para agradar holandeses e troianos.
Por que assistir: filme vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
O que aprendi com o filme: sempre procure a luz da razão.
