sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

FILME 275 - RASHOMON

Ano: 1950
País: Japão
Diretor: Akira Kurosawa
Data da sessão: 25/01/2020
Onde: Internet

Comentário: daqueles filmes que se assiste e fica dias e dias pensando sobre o que viu. Foi isso que Rashomon fez comigo. Já havia assistido 3 filmes do mestre japonês, mas dessa vez entendi porque gente como Copolla e George Lucas idolatram Kurosawa. Ambientado no Japão medieval, o filme mostra um diálogo entre 3 pessoas, enquanto se abrigam da chuva, sobre as memórias de um julgamento de assassinato que teve 4 versões diferentes apresentadas perante o tribunal. Todas as versões são mostradas na tela, filmadas com maestria e terminamos o filme sem saber exatamente qual delas é a verdadeira. O que se sabe é que após a chuva o sol sempre volta a brilhar e que Akira Kurosawa era um gênio da sétima arte.

Por que assistir: um dos principais trabalhos de Akira Kurosawa. Ganhou Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

O que aprendi com o filme: a verdade está lá fora esperando a chuva passar.

sábado, 22 de fevereiro de 2020

FILME 274 - AS AMIGAS

Le Amiche Poster.jpgAno: 1955
País: Itália
Diretor: Michelangelo Antonioni
Data da sessão: 25/01/2020
Onde: TV

Comentário: esperava mais. A premissa do filme indicava uma coisa e acabei vendo outra. Ao invés de um drama, surgiu comédia italianíssima, mais ou menos dramática. No fim das contas, a questão do suicídio e vazio existencial são abordados. Porém, de forma um tanto quanto espalhafatosa, diferente do que se imagina quando se conhece a premissa do filme. Por um instante pensei estar assistindo uma versão antiga e italiana de As Patricinhas de Beverly Hills.

Por que assistir: filme de Michelangelo Antonioni, vencedor do Leão de Prata em Veneza.

O que aprendi com o filme:  sorrir e beijar é a melhor maneira de se levar a vida.

FILME 273 - O PALHAÇO

Ano: 2011
País: Brasil
Diretor: Selton Mello
Data da sessão: 24/01/2020
Onde: Internet

Comentário: O Palhaço é um dos melhores filmes brasileiros da última década. Sensível, engraçado, contundente. Roteiro e fotografia chamam atenção, mas o longa como um todo é excelente. Consegue fazer a manjada oposição geracional entre pai e filho sem cair na obviedade piegas. O veterano Paulo José está bem demais como o palhaço Puro Sangue e Selton Mello esmerilha na atuação,como de costume, e se revela um talento também na direção. 

Por que assistir:filme dirigido e protagonizado por Selton Mello.

O que aprendi com o filme: no fim das contas, é melhor mesmo ser patrão do que empregado. E não tem "vantagens" na CLT que mude isso.

FILME 272 - O CANTOR DE JAZZ

Ano: 1927
País: EUA
The Jazz Singer.gifDiretor: Alan Crosland
Data da sessão: 23/01/2020
Onde: PC

Comentário: o copo meio cheio: primeiro filme sonorizado, praticamente encerrando a era do cinema mudo, ainda que boa parte do filme seja mudo. O copo meio vazio( ou bem vazio): os blackfaces realizados sem nenhum constrangimento. Ah, quem diga que era a época, bem, não tenho culpa de ser da época atual. Ainda assim, vale a pena conhecer este clássico que iniciou a era sonora do cinema.

Por que assistir: primeiro filme sonoro da história do cinema.

Oque aprendi com o filme: há males que se espantam através da música. Blackface não é um deles.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

FILME 271 - AZUL É A COR MAIS QUENTE

Ano: 2013
País: França/Bélgica/Alemanha
Diretor: Abdellatif Kechiche
Data da sessão: 23/01/2020
Onde: Internet

Comentário: vencedor da Palma de Ouro, Azul é a Cor Mais Quente, é um filme interessante, fotografia bonita com destaque pra cor azul e uma história que passa bastante realismo pela leveza natural com que é mostrada. Porém, o filme apresenta todos os problemas que apontam sobre ele, especialmente as longas e fetichistas cenas de sexo envolvendo as protagonistas. Ainda assim, vale a pena ver as 3 horas de filme, sendo que as 2 primeiras passam voando.

Por que assistir:  vencedor da Palma de Ouro em Cannes.

O que aprendi com o filme: seja hetero ou homossexual, amar é cruel. 

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

FILME 270 - TÁXI TEERÃ

Ano: 2015
País: Irã
Diretor: Jafar Panahi
Data da sessão: 21/01/2020
Onde: Internet
Comentário: proibido de filmar pelas autoridades iranianas, Jafar Panahi botou uma câmera escondida num táxi dirigido por ele e fez um filme ali mesmo. Parece que a maioria dos passageiros eram atores interpretando um roteiro, mas não importa, o Irã "moderno" desvelado por eles nas conversas com o diretor-taxista é mais do que autêntico. Ah, sabe-se lá como, o filme saiu do país e ganhou o Urso de Ouro no Festival de Berlim.

Por que assistir: filmado escondido das autoridades iranianas venceu o Urso de Ouro.

O que aprendi com o filme: o táxi do Panahi é o melhor programa do gênero já feito.

FILME 269 - RELATOS SELVAGENS

Ano: 2015
País: Argentina
Diretor: Damián Szifron
Data da sessão: 21/01/2020
Onde: Internet

Comentário: o que dizer desse trovão visceral que é esta bela obra argentina. Dividido em 6 episódios que testam os limites das relações humanas, Relatos Selvagens é um painel crú dos sentimentos humanos, mostrando uma linha tênue entre situações cotidianas e surtos violentos. Dos melhores filmes latinos da década, senão o melhor. Só o primeiro episódio vale por boa parte da cinematografia mundial dos últimos anos. 

Por que assistir: visceral filme argentino indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

O que aprendi com o filme: sempre é bom contar até 10 antes de tomar uma decisão no calor do momento.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

FILME 268 - EU, DANIEL BLAKE

Ano: 2016
País: Reino Unido
Diretor: Ken Loach
Data da sessão: 21/01/2020
Onde: Internet

Comentário: um filme com uma temática bem característica dos tempos atuais. Relações de trabalho e relações com o Estado. Desemprego, burocracia, luta por direitos, solidariedade e sobrevivência. O mais angustiante no filme é saber que há vários Daniel Blake perambulando por aí. 

Por que assistir: filme de Ken Loach que venceu a Palma de Ouro em Cannes.

O que aprendi com o filme: a cura que o sistema oferece, adoece mais do que qualquer coisa. 

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

FILME 267 - CRISÂNTEMOS TARDIOS


Ano: 1939

País: Japão
Diretor: Kenji Mizoguchi
Data da sessão: 12/01/2020
Onde: Internet

Comentário: Só assim pra eu saber que teatro tem, ou tinha, tanta relevância na terra do sol nascente. Um mergulho na aura japonesa, como costumavam ser os filmes de Mizoguchi. As cenas dos desfiles são um espetáculo. O filme tem 2h25min, mas não se arrasta, a narrativa é bem fluída. O final é tão belo quanto triste.

Por que assistir: um dos primeiros grandes filmes de Kenji Mizoguchi, lendário diretor japonês.

O que aprendi com o filme: salvar quem se ama do sacrifício por te ajudar é mais importante do que o objetivo alcançado por essa ajuda.

FILME 266 - ASAS DO DESEJO

Ano: 1987
País: Alemanha/França
Diretor: Wim Wenders
Data da sessão: 09/01/2020
Onde: PC

Comentário: um filme que capta o espírito do tempo da Europa oitentista, em especial a Alemanha, cenário da película, ainda dividida pelo muro de Berlim. Mesmo com a primeira hora um tanto chata e confusa, o resultado final é satisfatório. Praticamente assistimos a um poema cinematográfico, nos transportando para o mundo dos anjos, que, ora vejam, querem vir para o nosso mundo. Ah, se eles soubessem...

Por que assistir o filme: clássico de Wim Wenders, tendo Berlim ainda dividida pelo muro como cenário.

O que aprendi com o filme: que os anjos são demasiadamente humanos.